Nos Rastros da Poesia Parintinense pretende ser um evento, mais um da série Banquete Experimental: Saberes e Sabores, não apenas como um momento e um lugar de reflexão sobre poesia, mas também um entroncamento das trilhas da poesia contemporânea na cidade de Parintins. Portanto, traga sua poesia, seja ela artesanal, industrial, natural, ficcional, animal, emocional, convencional ou evangélica... Bélica, pacifista, débil, inútil, fútil, banal e/ou pragmática... Para compor um sarau junto aos nossos três animadores convidados.
Onde está e o que é a poesia parintinese e amazônida hodierna? Há caminhos abertos para além dos clássicos e dos populares? Os clássicos e populares ainda vivem ou renascem? Não sabemos. Os sintomas que ora se apresenta é o de um contexto citadino onde a poesia enquanto arte literária não se apresenta, parece não reger os compassos da ilha Tupinambarana. A percepção que se ressalta é a de uma alma amazônida parintinense retratada por textos com retóricas poéticas com finalidades de tirar proveito dos desejos dos habitantes da cidade. Falsos elogios de quem está nos poderes políticos e econômicos acerca da vida cotidiana da população em geral trabalhadoras. As palavras enquanto falsas poesias circulantes em carros de som e nas antenas dos rádios, em especial em "ano político", soam na forma de música-propaganda, os chamados jingles, motivadas por promessas de almofadinhas de gatos da raça angorá que nunca experimentaram a rua cheia de urubus, ratos, lixo, esgotos, motos, bicicletas e gatos vira-latas. Afinal, onde e o que é a poesia amazônida parintinense atual que não seja aquela pautada em um jogo grotesco de palavras desenraizadas do real? Para não perder as esperanças vamos seguir seus rastros e tentar desviá-los para próximos de nós.